7º encontro - 24/08 (estudo em grupo online/self-study)
Grupo Quarteto Fantástico.
O que é Hiper-texto?
O conceito de hipertexto foi criado na década de 60 pelo filósofo e sociólogo estadunidense Theodor Holm Nelson para designar a nova leitura não-linear e interativa que surgiu com a informática e o advento da internet, ou seja, conceito associado às tecnologias da informação e que faz referência a escrita eletrônica. Desde sua origem, o hipertexto vem mudando a noção tradicional de autoria, uma vez que ele contempla diversos textos.
Por meio do hipertexto, o leitor torna-se ativo (ou até um coautor) escolhendo as informações e a ordem que prefere ler, ver ou ouvir, criando assim, uma relação entre elas.
Se pensarmos que a interdisciplinaridade e os temas transversais estão cada vez mais adquirindo lugar nas instituições de ensino, o hipertexto vem complementar esses conceitos, uma vez que ele determina a conexão entre as diversas áreas do conhecimento, facilitando assim, a interatividade entre textos permitindo múltiplas leituras.
Na área da educação, os hipertextos vêm sendo muito explorados no ensino-aprendizado visto que seu uso permite compreender os conhecimentos de maneira interligada, oferecendo uma rede de informações interativa e não-linear.
Para muitos pesquisadores, o conceito de hipertexto veio contemplar a maneira como nosso cérebro pensa, ou seja, de maneira não-linear tornando-se na educação um importante agregador a partir da construção de uma teia virtual de conhecimentos.
Essa nova forma de leitura e escrita contempla as diversas transformações da sociedade moderna. Ou seja, a partir da proliferação de computadores, os textos adquirem uma nova dinâmica interativa, de acordo com a rapidez das informações que atualmente recebemos.
Essa nova organização multilinear de informações tem sido muito utilizada na educação como forma de facilitar o entendimento apresenta essa nova estrutura de texto: a narrativa hipertextual.
Trata-se, portanto, de uma espécie de obra coletiva, ou seja, apresenta textos dentro de outros formando assim, uma grande rede de informações interativas.
Nesse sentido, sua maior diferença é justamente a forma de escrita e leitura. Assim, num texto tradicional a leitura segue uma linearidade, enquanto no hipertexto ela é não-linear.
O que é multimodalidade ou texto multimodal?
Dionísio (2007) define o texto multimodal como um processo de construção textual ancorado na mobilização de distintos modos de representação. Isso remete não apenas aos textos escritos, mas também aos orais. Diante dessa acepção, a multimodalidade discursiva abarca não só a linguagem verbal escrita, como também outros registros, tais como: a linguagem oral e gestual. Na fala da referida autora, “palavras e gestos, palavras e entonações, palavras e imagens, palavras e tipografia, palavras e sorrisos, palavras e animações etc.” Nesse sentido, o uso de elementos e recursos multimodais na construção textual enseja a extensão das potencialidades de produção e, em especial, de compreensão de texto. A compreensão textual não é algo resultante apenas do texto verbal, mas abarca um grande leque de elementos semióticos. Ora, o leitor dá sentido ao texto tendo o respaldo não apenas de signos alfabéticos, mas de elementos imagéticos e visuais. Ou seja, os leitores envolvem-se em uma nova forma de ler marcada por documentos textuais materializados por elementos tanto verbais como visuais. A leitura e a escrita vão, então, adquirir um novo formato e uma nova moldagem. A escrita, nesses documentos, está imersa entre um amplo contingente de elementos imagéticos. Isso torna o texto multimodal ou multisemiótico.
A escola precisa investir em estratégias e recursos de ensino, precisa ampliar sua comunicação, a partir de novas linguagens, para que haja maior sintonia entre professor-aluno, tornando as aulas mais atrativas e motivadoras, Inserir essa linguagem no ambiente da educação é bastante desafiador, utilizando linguagens mais sofisticadas, a partir de diferentes mídias e tecnologias, que mexam com a sensibilidade dos alunos e que tornem as aulas mais dinâmicas, interessantes e significativas.
Portanto, compreendemos que “As linguagens, hoje, se tornaram multimodais. Um texto que já tem várias coisas inclusas. Som, imagem, texto, animação, um texto deve ter tudo isso para ser atrativo.(...) Quando vão para a escola, essas crianças se aborrecem, porque a escola é devagar.” (DEMO, 2008)
“A maior parte do referencial do mundo de crianças e jovens provém da televisão. Ela fala da vida, do presente, dos problemas afetivos – a escola é muito distante e abstrata- e fala de forma viva e sedutora- a escola, em geral, é mais cansativa.” (MORAN, 2006), tonando-se uma ferramenta de recurso para o processo de ensino-aprendizagem.
Adorei o texto.
ResponderExcluirMuito interessante,e bem esclarecedor
ResponderExcluirExcelente, muito didático essa abordagem!
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